Não houve alguém como ‘Mané’. Não houve alguém com mais talento, mais irreverência, mais alegria, ‘irresponsabilidade’, ousadia, genialidade… Como Garrincha. O maior camisa 7 da História do futebol maior ídolo do Botafogo e um dos grandes da Seleção Brasileira, tem um lugar muito especial no coração dos amantes do futebol. Bicampeão da Copa do Mundo (1962-1958), o filho mais famoso do pequeno distrito de Pau Grande (Rio de Janeiro), ganhou o apelido graças a um passarinho, paixão de menino, nome que o fez alçar voos altos e se consagrar com a bola dos pés.

Pai de 14 filhos, Garrincha disputou 612 partidas vestindo a camisa da ‘Estrela Solitária’, marcando 245 gols e sendo um pesadelo na vida de vários ‘Joões’ que cruzaram o seu caminho. ‘João’ era como ficaram conhecidos os adversários que, sem sucesso, tentavam parar o camisa 7 e seus dribles desconcertantes. Campeão Brasileiro (1954), Tricampeão Estadual (1962-1961-1957) e bicampeão do Torneio Rio-São Paulo (1964-1962) pelo Botafogo. Com a ‘Amarelinha’, foram 60 jogos e 17 gols, com destaque para a liderança impecável na campanha do bicampeonato no Chile, em 1962, após a lesão de Pelé.

Garrincha vestiu ainda as camisas de Serrano (antes de chegar ao Botafogo), Corinthians, Atlético Júnior, Flamengo, Novo Hamburgo, Riograndense e Olaria, onde encerrou a carreira. Recebeu inúmeras homenagens após sua morte, dando nome a estádios, tendo bustos, seus pés imortalizados, entre outros.